domingo, 30 de maio de 2010

“Te quero e te quero tanto que te quero livre.”


O carinho, o querer, o amor ou mesmo a amizade, são sentimentos sublimes e que não devem se deixar impregnar por sentimentos mesquinhos – ah, o tal do ego...-.
Quando realmente queremos alguém, seja lá da maneira que for (como amigo, amante...) não devemos e nem temos o direito de achar que essa pessoa nos pertence.
É aquela velha história: “Tu realmente ama os animais? Então por que os enjaula tirando deles o que há de mais precioso, a liberdade?”
O amor – em suas mais variadas formas- não prende, liberta.
Títulos... Afinal, qual a sua real serventia em uma relação que não seja afirmar posse sobre o outro?
Ok, posso estar sendo um tanto extremista demais (que redundância!).
No entanto, não entendas isso como um estímulo a dita “promiscuidade”. Só estou querendo dizer que as pessoas deveriam experimentar “ser livre” e “libertar”.
Eu quero mais!
Não quero sentir estar prendendo ou até sufocando alguém. E muitas vezes perceber que a pessoa só não “curte” mais outras pessoas porque se sente presa a mim.
Quero aquela relação sem amarras em que eu possa ter a plena certeza de que a pessoa só está ali, do meu lado, porque realmente deseja e não por um falso compromisso.
Mas acima de tudo, eu estarei ao lado dela porque esse também é o meu desejo.


“Porém, ao deleitar de sua companhia ansiarei por sua total entrega. Sendo esse o único momento em que me permitirei possuir e ser possuída.”

sábado, 22 de maio de 2010

Elêusis

Mantéia, Mantéia, Mantéia...
A música do Templo me embriaga
Com este canto delicioso...
E esta dança sagrada.

E dançam as exóticas sacerdotisas
com impetuoso frenesi de fogo
repartindo luz e sorrisos,
Naquele rincão do céu.

Mantéia, Mantéia, Mantéia,
és a Serpente de fogo,
entre os mármores augustos,
és a princesa da púrpura sagrada,
és a virgem dos muros vetustos.

És Hadid, a Serpente Alada,
Esculpida nas velhas calçadas de granito,
como uma Deusa terrível e adorada,
como um gênio de antigos monólitos,
no corpo dos deuses enroscada.

E vi em noites festivais,
Princesas deliciosas em seus leitos,
e a musa do silêncio sorria nos altares
entre os perfumes e as sedas.

Mantéia, Mantéia, Mantéia,
Gritavam as vestais
Cheias de louco frenesi divido,
e silenciosos as miravam os deuses imortais
sob os pórticos alabastrinos.

Beija-me Amor, olha-me que te amo...
e um sussurro de palavras deliciosas...
estremeciam o Sagrado Arcano...
entre a música e as rosas
daquele santuário sagrado.

Bailai exóticas dançarinas de Elêusis
Entre o tilintar de vossas campainhas,
Madalenas de um, a via-crúcis,
Sacerdotisas divinas...

- Samael Aun Weor -

terça-feira, 18 de maio de 2010

Um desabafo, talvez.

Por tempos deixei-me alienar com o intuito besta de enquadrar-me, de “socializar-me”, de parecer com a maioria, anulando-me mais e mais a cada dia que se passava.
Porém, incapaz de aceitar passivamente a tudo que julgo como errado, desumano e sem cabimento passei a centrar-me no meu “eu” dando importância a tudo aquilo em que realmente creio.
Meus olhos começaram a se abrir.
E através desta fenda – que lenta e gradativamente se expande- enxerguei uma sociedade decadente
E, nela, máquinas sobrevivendo
Robôs sem vida, sem alma, sem lazer, sem prazer
Automatizadas pelo sistema de consumo, na era em que o “ter” significa muito mais que o “ser”
Alienadas por uma “TV” manipuladora e degeneradora de mentes pensantes
Pessoas sem ideais, com olhares vazios e indiferentes. Sem emoção.
E que ainda carregam consigo preconceitos descabidos
Que acusam de loucos – na melhor das hipóteses- aqueles que não se enquadram no padrão.
Incapazes de se admirar, veem a tudo como comum e corriqueiro.

Acomodadas jazem...