Além de um eclipse, onde um se sobrepõe ao outro. É um "novo recomeço"... Claro e distinto, como nunca houve. De excentricidade tal que encanta e desarma, da forma mais sutil, até o mais astuto em subterfúgios. E no harmonioso encontro sob o imenso celeste, Sol e Lua desfrutam do sensível equilíbrio de suas existências fazendo extasiar o "ser" em um magnífico crepúsculo onde os ditos opostos unem-se em sublimação.
Eis uma música, como tantas outras, da banda Epica que vale se 'gastar' parte do tempo para pensar, analisar ou simplesmente ler com certa atenção. Algo interessante e evidente no ultimo álbum da banda ( Desing Your Universe) são as temáticas que falam de uma nova era, dos tão queridos agregados psicológicos do bicho homem ( ganância, orgulho, ...) , enfim. Como Admiradora da banda ( de modo geral) sei que a maior parte das letras ( para não dizer todas, pois não o posso afirmar) foram escritas por seu fundador, compositor, vocalista (canto gutural) e guitarrista, formado em psicologia, Mark Jansen. Que em entrevistas sobre o novo album ( DYU) fala: É quase impossível escrever um álbum sem alguns desses temas. O que eu posso dizer da minha parte da história é que me fascina muito a forma como o ser humano evoluiu de um ser social para um ser ambicioso e egoísta. A introdução do dinheiro e da revolução industrial trouxe algum conforto mas cada vez mais esse conforto vai para um grupo seleto de pessoas. No final, esse sistema só é bom para 10% de toda a população. E o que eu aprendi é que aqueles que mentem melhor e tem truques sórdidos conseguem as melhores posições nas empresas e as empresas que sabem os melhores truques e usam a mentiras mais eficientes crescem. No final das contas, somos dependentes de empresas sujas e mentirosos corruptos. Isso não está certo.
O ser humano é um ser social, mas nesse sistema nós somos forçados a seguir o fluxo ou fracassamos. Ainda acho que há como mudar isso. Isso tem que mudar pois estamos no fim da linha de um caminho de auto-destruição. Então, ou o sistema explodirá e nós destruiremos a Terra e a nós mesmos, ou fazemos mudanças. E eu não estou falando dos governos planejarem redução de 5% de CO2 pois sabemos que isso não fará grande diferença. Precisamos de uma completa modificação de pensamento ou destruiremos tudo. Muitas pessoas compreendem hoje que esse é o caminho, então vamos nos unir e fazer essa mudança! É responsabilidade de todos tomarem parte nessa mudança. (Fonte: http://www.territoriodamusica.com/entrevistas/?c=840 )
"Recortes da letra" traduzida:
Kingdom of Heaven (A New Age Dawns) Reino do paraíso ( Uma nova era surge)
"...A Física Quântica nos leva a
Respostas para grandes tabus
Ciência, espiritualidade
Terão que se encontrar ao longo do caminho e
Precisamos de novos desígnios, uma outra visão
Expandir nosso controle sobre a alma enigmática
Esperança é mais do que uma decepção adiada...
...Abra o seu Sahasrara ( Na tradição Hindu é considerado o chacra mais importante pois atravéz de seu 'estimulo' dinamiza-se a capacidade espiritual e a consciência superior do ser humano.)
Na efemeridade dos "jogos" Na inconstância dos lábios Na frieza dos olhos Na frouxidão dos abraços Sem laços ou enlaços Apenas mais um, mais outro Mais uma noite Um jogo
Quando o meu bem-querer me vir Estou certa que há de vir atrás Há de me seguir por todos Todos, todos, todos o umbrais
E quando o seu bem-querer mentir Que não vai haver adeus jamais Há de responder com juras Juras, juras, juras imorais
E quando o meu bem-querer sentir Que o amor é coisa tão fugaz Há de me abraçar com a garra A garra, a garra, a garra dos mortais
E quando o seu bem-querer pedir Pra você ficar um pouco mais Há que me afagar com a calma A calma, a calma, a calma dos casais
E quando o meu bem-querer ouvir O meu coração bater demais Há de me rasgar com a fúria A fúria, a fúria, a fúria dos animais
E quando o seu bem-querer dormir Tome conta que ele sonhe em paz Como alguém que lhe apagasse a luz Vedasse a porta e abrisse o gás
Me escapa por entre os dedos a prudência. E submersa em aflição neste vão intento "(pre)vejo" a efemeridade dos fatos que sucedem. No coração aflito: o vácuo que a mente, em defesa, cria. No peito nu e aberto de carne exposta: a dilaceração corroída impregnada pela podridão dos sentimentos. O atormento. A revolta pela ânsia de teus lábios De tua língua...
“...Pois na verdade algumas coisas são 'simplesmente inevitáveis', nos cabendo apenas a escolha do caminho para chegar até elas, e assim nos deixamos ficar à mercê daquele que por vezes 'constrói' mas por vezes também 'destrói'. O tempo. Porém, como eu havia dito, o caminho e a forma que vamos percorre-lo depende unicamente de nós. Assim como também depende de nós 'se' e 'o que' aprenderemos com nossos fracassos, quedas, erros, decepções. Mas será realmente o 'tempo', a 'chave' para os ditos infortúnios da vida? Deixar que o 'tempo' se encarregue de construir, destruir, curar, ou o que quer que seja, não será apenas mais uma forma que encontramos de nos abster?”